sábado, 15 de novembro de 2008

DIA DE LUTO À TRADIÇÃO NACIONAL



Eis que momento mais vergonhoso na História da nossa Pátria amada, Salve(m)! Salve(m)! Um governo legítimo retirado do poder por um golpe militar sem precedentes que nem mesmo os mais otimistas à execução do golpe o esperavam.
Eis que um dia, a Pátria dorme tranqüilamente para, ao despertar, ser surpreendida pelos oficiais do Exército tomando o poder, que estava nas mãos da sociedade, para repassá-lo as mãos de poucos; de seus grupos.
Eis que surge, fruto da usurpação de legitimidade, uma legitimidade falseada – pilar base da atual construção da imagem do brasileiro. Anos e anos de erros e mais erros, vergonhosos, vergonhosos, cuja qualquer tentativa de aliterar será em vão, dada à falta de capacidade das palavras para armazenarem tamanha sujeira.
Houve momentos bons? Indubitavelmente. Tudo tem dois lados. Mas um grave erro não deixará de ser um grave erro por causa disto.
Vergonha, corrupção, desilusão, perda da esperança, são sentimentos chocantes que torturam e marcam, e vão sempre marcar, a vida de pessoas de bem que tentaram, ou tentam, ou tentarão, construir um país digno. Um país que seja o reflexo da sociedade. Uma Pátria a qual possamos chamar de nossa. Uma Nação da qual possamos nos orgulhar de seu ensino de qualidade e não tendencioso. Sim, os militares tornaram o ensino da época tendencioso ao ponto de sermos enganados, inclusive sobre o ponto mais caro que diz respeito a um povo: sua Tradição.
Nossos filhos são ensinados por pessoas que não pensam. Caso elas saibam que estão ensinando errado, conseqüentemente, contribuindo para a quebra da Tradição e perda de identidade, estão erradas. Caso elas não saibam que estão ensinando errado... estão erradas da mesma forma. Não se dão nem ao trabalho de procurar veracidade no que repassam. É como transar sem camisinha sem saber que se tem AIDS, e infectar várias pessoas, possivelmente por toda uma vida. A única diferença é que, no primeiro caso, algumas pessoas ainda podem se recuperar ainda que depois de infectadas. Eu mesmo estou em processo de recuperação. Mas não se preocupem, já não corro mais risco de morte. Preferi a Independência.
Ensinam-nos, para citar um único exemplo de Tradição forjada à força – com material vagabundo, diga-se de passagem – que a nossa Flâmula Nacional tem o verde de “nossas” matas e o amarelo de “nossas” riquezas. O verde, cor heráldica da Casa Real Portuguesa de Bragança; e o amarelo, cor da Casa Imperial Austríaca de Habsburgo nos mostra a origem REAL (com os dois sentidos que esta ambigüidade permite interpretar) do nosso povo. Somos realeza, somos imperadores porque Nossa Majestade o é. Ele é a Sociedade, e o mais belo nisso tudo: a recíproca é verdadeira.
Quinze de novembro, dia de luto à Tradição Nacional. Quisesse Deus ter interferido na História e não tivesse permitido o início do carma desta Pátria: a Proclamação da República, que nos dá a falsa sensação de ser um povo.

Ao Herdeiro LEGÍTIMO do Trono Imperial Brasileiro:


Sua Alteza Imperial e Real D. Luiz de Orleans e Bragança.

Post-scriptum: Ao decorrer do post fizemos um teste referente à saúde pública no Brasil, veja como você se saiu:

1→ Se, por algum momento, você achou que o post falava sobre o período de 1964-1985 no Brasil, receio que procure se tratar, você foi infectado e precisa de ajuda. Receitamos que procure bons livros para estudar um pouco mais e tentar salvar sua Tradição, enquanto ela ainda resiste;

2→ Se você não pensou, nem por um instante sobre o período mencionado no ponto 1, mas não sabia do que o post se tratava, você tem grandes chances de se sair bem dessa. Você pode estar infectado, mas não está difícil de se recuperar. A receita continua sendo a mesma do ponto 1;

3→ Se você, desde o início, sabia que estávamos falando da Proclamação da República: Parabéns! Você não está infectado. Em que boa escola você estudou mesmo hein?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

SEMANA DA PÁTRIA


Bandeira do Brasil por Henfil


“Ter sempre o espírito jovem!”, já dizia alguém que nada entendia de espíritos, pois esqueceu-se de especificar de que tipo de jovem estava falando. Ou não entendia de jovens.
Na Semana da Pátria, em setembro, assistia a um desfile na Praça Pedro Velho. Homens e mulheres, cidadãos da terra, do céu e do mar estavam ali. Impecáveis. Como se fossem estátuas de mármore da Grécia Antiga, mas restauradas e com um público menos interessado em sua beleza.
A banda da Marinha começou a tocar e tímida manifestação de aplausos foi ouvida. Não sentida. Alguns mais velhos assistiam ao desfile. Algumas crianças, que com a pureza que lhes é peculiar, admiravam. Como não entender o real significado disso tudo apenas dividindo a atenção entre o desfile e as crianças? Mas o significado não foi entendido. Não pelos jovens presentes.
Em meio a melodia do Hino Nacional, jovens conversavam avulsamente. Um que outro ficou em silêncio, parecendo ser o máximo de respeito que conseguia demonstrar.
Lentamente a flâmula nacional era erguida, incólume, ao lado das do Estado e da cidade. Muitos nem sabiam que bandeira era a última.
A Semana foi declarada aberta pelo vice-governador. Não foi aplaudido.
A atleta olímpica trouxe a chama da Pátria, resistente a tantos banhos d’água fria. Não foi aplaudida.
Apenas percebi o entusiasmo de uma senhora que cantarolava a nova melodia tocada, e seu neto, ainda bebê. Dois representantes verdadeiros da Pátria. Estavam a meu lado, mas não quis perguntar-lhe os nomes. Não havia necessidade. Naquele instante eles eram representantes, não de suas individualidades, mas de um coletivo cada vez menor, mas que resiste. Os jovens faziam piadas.
O momento pelo qual passamos é difícil. Os mais velhos, em algum tempo ir-se-ão. As crianças, se não tivermos cuidado, terão espíritos jovens (no sentido que atualmente lhe atribuo). E o que restará da verdadeira Pátria? Páginas mal contadas em livros de História tendenciosos.
A egrégora não morrerá, pois ela nunca morre. Mas estará em algum lugar inacessível. De que adiantará?
A emoção que sinto agora é menos pela beleza do desfile (e o desfile é belo) do que pelo descaso da juventude.
Jovens caçoam, ao meu lado, da Polícia Militar. Alguns dos militares pareciam envergonhados. Resultado arrebatador do desrespeito à Nação. Escrevo isso enquanto desfila o Corpo de Bombeiros. Um dos rapazes estava descompassado, mas logo tratou de entrar no ritmo.
Sim. Crianças e idosos, o futuro da Nação. Os últimos já com as pernas cansadas, mas ainda permanecendo de pé, pois entendem o que parece incompreensível para uma geração que entende tudo de mais fútil. As crianças também não entendem. Mas não entendem da forma mais bonita possível...
Manter o espírito jovem? Não, obrigado!
Há uma máxima que utilizarei com uma pequena modificação, mas necessária: Não se faz mais jovens como antigamente.
Termino aqui este breve escrito, na esperança que a egrégora da Pátria (que nada tem haver com sua situação política, econômica e muito menos futebolística – ela é bem superior a tudo isso – e sim com a Glória, Orgulho e Hombridade de todos que por ela viveram e vivem) não seja lembrada apenas uma semana por ano.


Natal, Rio Grande do Norte.
01 de setembro de 2008.

Assina: Rodrigo Cavalcanti Felipe,
jovem (com espírito velho e rabugento) de 22 anos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008






O Fio da Katana
Olá a todos!
Hoje é um dia histórico!
A primeira postagem (ainda que de apresentação) de um novo e inovador Blog que tem como objetivo criar postagens (crônicas, artigos, comentários, poesias...) que valem a pena serem lidas!
Três jovens estudantes farão parte deste blog.
Três jovens estudantes, atualmente graduandos, do curso de História da UFRN!
Três jovens estudantes que não pretendem dominar a verdade absoluta, mas ao menos abrir os olhos dos outros para o erro infinito! - Parafraseando alguém, mas de forma adaptada.
Três jovens que possuem ambições, esperanças e vontade de criar.
Três jovens que acreditam na mudança de uma realidade cada vez mais horrificante (em âmbito mundial e, principalmente, Nacional).
Três jovens estudantes que possuem idéias em comum.
Três jovens estudantes que possuem idéias diversas, e nem sempre convergentes.
Três jovens estudantes que esperam conquistar algo com este blog: leitores (críticos ou não) preocupados com o que os jovens de hoje em dia estão pensando.
Três jovens que tomaram uma iniciativa, pretendendo que não seja ela solitária.
E por fim... Três jovens estudantes que não pretendem ofender a moral de ninguém, ou posição política, ou crenças religiosas, ou tantas outras coisas como essa, mas que não têm medo de ser politicamente INcorreto, e capazes de arcar com as conseqüências do que escrevem.
Misturando ciência, conhecimento, arte e senso de humor, tentarão trazer aos leitores momentos de reflexão, aprendizado e risos.

Apenas uma advertência: Cuidado, O FIO DA KATANA pode cortar!
Sejam bem vindos!

Os administradores:
Henrique Rodrigues de Oliveira Júnior
Daniel Figueiredo de Mélo
Rodrigo Cavalcanti Felipe